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Grupo Erosão

O Grupo Erosão de Arte Cênicas e Visuais é um grupo que investiga a estética da erosão em seus aspecto materiais, subjetivos e socioambientais.
Formado por artistas que atuam na região norte fluminense, o grupo tem sede na praia de Atafona, um dos famosos balneário da região e antiga vila de pescadores. Atafona convive há 50 anos com o avanço do mar sobre áreas urbanizadas.
O coletivo é formado pelos artistas-propositores: Fernando Codeço, Julia Naidin, Lucia Talabi, Jailza Mota, Rafael Sanchéz, Victor Santana e Bruno Germano.
Atuando como o braço criativo da CasaDuna o grupo conta também com uma rede de colaboradores e tem feito intercâmbios com diversos artistas que passaram pela casa, entre eles: Filipe Codeço, Reinaldo Dutra, Vinicius Nascimento, Saullo Andretti, Francisco Sartori, Rafael Sánchez e Carol Cony. 

Tempontal - Cortejo Teatral

TEMPONTAL é um trabalho processual e de pesquisa de linguagem livremente inspirado no romance "O Mangue" de Osório Peixoto e na história e no imaginário popular de Atafona, com suas procissões religiosas e cortejos de carnaval. Há ainda uma referência ao desaparecimento do antigo Pontal, trata-se de um jogo cênico e alegórico que se utiliza de elementos do teatro de bonecos, do teatro de formas e do teatro físico. 

Em sua estreia em novembro de 2018 o espetáculo contou com a a participação do coreógrafo Bruno Germano e seus alunos da escola de dança Associarthis, da Banda Municipal de São João da Barra, sob o comando do Maestro Fred William e dos assistidos do CAPS – Atafona, que confeccionaram as máscaras do espetáculo em oficina de arte oferecidas pela CasaDuna.

 

 

Ficha Técnica


Direção: Fernando Codeço
Dramaturgia: Grupo Erosão
Atores: Jailza Mota, Julia Naidin, Lucia Talabi e Victor Santana
Direção de Arte: Rafael Sanchéz
Cenotécnica: Pão DH
Assitente: João Cruz

Maquiagem e fotos: Saullo Andreti
Identidade Visual e Adereços: Rudá Sanchéz
Designer Gráfico: Matheus Crespo
Participação no Cortejo: Dançarinas da Associarthis com coreografia de Bruno Germano
e Banda Municipal de São João da Barra com maestro Fred Williams
Registro audiovisual: Kock Filmes

Produção audiovisual: Stella Tó Freitas

Delírio do Caranguejo - Videoarte 2018

O videoarte “Delírio do Caranguejo” é uma experimentação inspirada em imagens do livro “O Mangue” de Osório Peixoto e em elementos marcantes da vida e da cultura de Atafona. Buscamos estabelecer uma dinâmica entre a devoção fervorosa expressa na grande festa de Nossa Senhora da Penha e espaços de liberdade do corpo e da sexualidade tais como o bar do Nico onde ocorrem as cenas que nomeamos de “Ritual do caranguejo”. Esta dinâmica entre estes dois contextos de fé e de liberdade comportamental e sexual geram no filme um livre trânsito entre o sagrado e profano, que para nós está ligado as teatralidades do corpo social de Atafona. Esta teatralidade faz desmoronar, revira ao avesso, põe em erosão certas barreiras que supomos existir entre a liberdade do corpo e os dogmas da fé cristã.
 

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Direção-proposição: Fernando Codeço. Performers: Julia Naidin, Jailza Mota, Victor Santana, Saullo Andretti, Lucia Talabi e Bruno Germano. Câmera: Fernando Codeço. Still: Saullo Andretti. Edição: Vinicius Nascimento. Trilha Original: Francisco Sartori.

O Muro - Happening 2017

No happening “O Muro” a questão central que mobilizou a ação foi a discussão sobre a construção ou não de um quebra-mar para tentar conter o processo erosivo em Atafona. Há um projeto para a construção desta barragem cujo custo estimado é de 140 a 180 milhões de reais, a prefeitura de São João da Barra vem buscando recursos e licenças ambientais para realização da obra. No entanto, diversos geólogos, cartógrafos e cientistas se opõe a tal projeto, com argumento de que a erosão em Atafona é um fenômeno natural de grande complexidade com agravantes antrópicos e que faltam estudos para a realização desta barragem.

A inspiração para este happening “O Muro” veio do relato obtido por um dos atores do grupo durante pesquisa de campo que realizamos em Atafona. O ator Victor Santana nos relatou que numa conversa com um senhor conhecido como “Escolinha”, no bar do “Gaúcho,  em que se debatiam sobre o tema da possível construção dos espigões de pedra para barrar o avanço do mar em Atafona, este senhor “Escolinha” teria defendido a construção da barragem de pedra com o seguinte argumento: “Tem que construir este muro sim, no mundo todo o povo constrói muros, não foi construído até o muro de Berlim? Porque não podem construir este muro aqui em Atafona?”.  

O absurdo lógico desta argumentação inusitada do senhor “Escolinha”, refletia o absurdo real da construção destes muros, seja daquele que serviu para dividir uma nação inteira por disputas políticas, seja deste que se deseja construir para barrar o movimento geológico de avanço do mar. Foi nesta atmosfera de absurdos lógicos e reais que construímos as proposições do happening “O Muro”. O happening consistiu na construção e destruição de um muro feito com os escombros da praia de Atafona. Utilizamos o momento da construção para realizar um trabalho de arte-educação com crianças da região, propusemos que as crianças nos ajudassem a construir o muro e fizemos uma dinâmica onde se debateu os múltiplos significados e funções dos muros.


Direção-proposição: Fernando Codeço.
Performers: Julia Naidin, Jailza Mota, Victor Santana e Saullo Andretti.
Imagens: Fernando Codeço e Angela Codeço

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